sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A verdade do coração


Os santos que escorregam pelos dedos, são almas líquidas que tentam impor um jeito casto de tratar as coisas do coração.

Mas as veste humildes que dançam pelo chão, punindo as mãos puras, com o tempo se tornam pétrias.
Assim é o lamento dos corpos que se culpam e se alimentam do prazer incauto.
Sim, almas que se banham na cascata do adeus.
Podem até ficar distantes, mas nunca se separam, estão sempre à espreita das regras do mundo, não importa qual mundo seja esse.
É que dois sorrisos que se gostam, iluminam as bocas que não conheceram os beijos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Te espero

Aperta o botão que desliga o mundo e corre para minha cama.
No caminho, usa minha boca, e enxerga tudo cabeça pra baixo.
Faz piruetas em dois corpos, e cava um lugar no meu peito.
Rasga lençól, e joga a razão prá fora do quarto.
Atesta a loucura vivendo de carinho e prazer.
Tem nada de errado, teu olhar safado e o meu de solidão.

refrão
Beija beija sem parar e esquece tudo
O amor só vale a pena se a coração fica bobo.
um tolo que acredita na paixão.

Não importa para onde vai depois
Te quero ontem, para hoje, beijar o lábio de amanhã
Não importa a sombra entre nós
É certo mandar pra longe, tudo o que é errado

refrão
Beija beija sem parar e esquece tudo
O amor só vale a pena se a coração fica bobo.
um tolo que acredita na paixão.

Deixa o teu cheiro no meu travesseiro
Sou herdeiro de uma maldição
Vivendo por ti sendo sempre o segundo
Mas fica essa noite, fica.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Olhe bem e diga o que vê...

Três lados, uma sala e a visão clara no meio da testa.
O candelabro está invertido, e as sombras se dissolvem a cada passo.
As cores da parede mudam , conforme a luz que desaparece.
Os olhos em desespero ou curiosidade se apresentam.
As sala está cheia, mas estou só.
Minha carne arrepia, meu coração sente saudades.
Estou em casa, mas na região errada.
E eles sabem disso, e aproveitam para atacar.
Mas não causam ferimentos em meu corpo, não conseguem.
Trocam de armas e mostram as lágrimas de amigos.
Estão congeladas, mas possuem dor.
Correntes descem do teto, e palavras de ódio são proferidas.
Todos gritam, bravejam, cortam a pele com as unhas.
Meus olhos ficam cerrados, o silêncio impera.
A luz volta a sala.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

E um cálice cheio

O cálice cheio, as mãos acariciam o cristal e a saliva grossa ordena mais um gole.
As mãos estão na mesa. O gosto adstringente do tannat causa arrepios.
O corpo esquenta, tudo está perfeito. Quer dizer, nem tudo.
Faltava ao menos uma segunda sombra por perto.
As mãos amolecem e se acomodam entre as pernas.
Iniciam um passeio pelo corpo, deslizam, a língua acaricia os lábios, o tannat desaparece no sabor final.
Os olhos estão serrados, e o mundo vira canção marginal de um louco qualquer...
O prazer... é o prazer agora que importa!
O gosto, sim, o gosto precisa existir... a respiração pesada, a mão pesada.
O proibido abre as portas da cabeça careta. Hora de brincar neném.
Os botões da camisa? onde estão? e importa?
O tapete se aproxima, o teto fica maior, tudo fica mais apressado, quente, úmido. E o teto? derrete no momento do urro.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A certeza está aí

Sim, fulguroso purgatório mental que sublima a liberdade e tira o cheiro do perfeito, dê o direito de abolir almas congeladas.
Monte bonecos de plástico, donos de gestos carinhosos, que são vendidos nos mercados da ilusão.
Mas não deixa as mãos livres, encontre algemas, sentencie punições.
Não importa quais sejam, serão menos espinhosas do que um olhar iludido em frente ao espelho.
Eu confio na língua do universo que atordoa o escárneo dos fracos maquiados em quilos de poder.

Não perca a chance

Olhe para dentro da caverna que foi escavada em seu estômago.
As larvas, dançam embaladas por um soneto de uma velha gorda.
Ela é o equilíbrio do belo mundo que você desenhou em calçadas de vidro.
E por dentro, pedras de goma sufocam o seu solo.
Seus demônios entoam canções libertadoras, e a garganta solta o grito.
O céu se abre e o mundo se desmancha em gotas de vinagre entre os dedos.
Isso aconteceu realmente... afinal, é só olhar para dentro da caverna
que foi escavada em seu estômago.

Nunca esqueça...

Lágrimas de veneno descem dos olhos que não perdoam.
Vulcões se abrem na cabeça dos mentirosos anões de circo.
E a diversão continua na boca dos leões de cimento.
Mas se deixe morder e ria dos anões.
E acredite, as lágrimas só existem por que possuem um antídoto.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Não pense, olhe e grite!

O olho de vidro enxerga a semente de aço que prolifera mentiras imortais.
Sim,sim, o homem é nobre, pobre é o ornitorrinco, dono de nome estúpido.
Ao menos ele não consome sonhos, em copos alheios.
Mas vamos cantar ajoelhados, em lápides de heróis de cera.
Eles existem, dentro de garrafas compridas.
No entanto, não sejamos tão inocentes,deixemos a maledicência à aqueles que combatem os altruístas. São donos de línguas fétidas e enormes, e a cada lambida, deixam ovas cobertas de ilusão.
Sim, existem mais mentiras imortais.
Os deuses que o digam, eles são transformistas bêbados que trabalham em cortiços elegantes.
Visite-os durante o dia, encontrarão anáguas coloridas com desenhos de flores mortas embaixo das camas.
É lá que eles escondem o prazer. Ou o homem acreditou que achou que tudo era verdade?

É assim e pronto

Língua poliglota que lambe a nuca do universo, fala o idioma das estrelas e me arranja um lugar nesta constelação. Quero olhar lá de cima, o ronrosnar de feras ignóbeis e interessantes. Meu escarro vai cair como um meteorito de grandes verdades. Vai abrir crateras de revelações entre os sérios habitantes deste mundo de formigas.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Não me pergunte outra vez

Os Cílios que afugentam o olhar sincero escondem a intenção.
São cataventos de pétalas, a brisa está lá, mas o aroma é dissimulado.
As rosas estão ao longo do caminho que leva à mente teimosamente adormecida.
A estrada tem pedras macias, onde os pés escolhem qual a direção a seguir.
São anjos em peles de homens que guardam a língua do alto.
É dela que vem as regras que comandam nossos ossos.
Mas os cílios, esse continuam ali, abanando os sonhos...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Oráculo nosso

O gosto na língua, pede outro beijo
Os olhos, tentam enconder a mensagem que vem da boca
Aceitei teus desejos, mesmo que não fizesse parte deles
Só para descobrir, onde me encaixo nos teus segredos
Fiz da minha alma, estátua de pedra
Me olhe, me tenha, me guarde
Prenda meus sonhos em teus dedos
Um marionete no teu futuro
Uma sombra no teu presente
Um pedido de carinho no teu passado
Um ornamento para o teu ego

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ao orgulho

Corpo desnudo exposto. O tronco ganha tatuagem com os dentes da verdade. A brincadeira acabou e os alicates foram recolhidos. A tortura abria sorrisos em rostos desesperados. Os olhos entreabertos, sorriam maliciosamente, a saliva criava correntes naquela boca qualquer. Os documentos estavam expostos e as justificativas também. Anacronismo de um dia de arranhões numa mesa repleta de ilações. O réu manteve a coluna ereta, se disse inocente, mesmo diante das provas, sim, se disse inocente. E a tortura? o condenou? que nada, todos gostam de ver sorrisos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A caminhada

Paredes escuras desenham o mapa do caminho a ser seguido.
Sombras, dançam bolero, logo a frente. Mas não são confiáveis.
Os olhos veteranos, agora enxergam com a ingenuidade de uma criança e estão assombrados.
As chaves do lugar tinham códigos diferentes. E dentro de cada estátua, uma nova porta se abria. Gárgulas protegem as entradas, e olham para todas as direções sem mover os olhos.
E não podem, são de pedra, pelo menos naquele momento.
O chão úmido e limoso, torna o caminhar lento e perigoso.
O anfitrião da visita, fitava atento uma pequena luz no alto de um prédio.

Já falamos sobre isso

A colheita de nuvens foi suficiente para encher as bicas dágua.
É só virá-las que a chuva volta a inundar o chapeú do velho ermitão.
Ele estende a mão para vento que passa desatento levando o chapéu.
Mas o que importa, é a colheita.

É assim que acontece

Cada canto tem um pedaço do quarto, sim, seja um, dois ou três quartos, do mesmo pedaço! Mesmo assim, juntos, querem ficar separados. E as vezes, a ligação deles, sofre uma ranhuras. Lugar perfeito para um esconderijo, nas ranhuras. Os olhos ficam atentos para esperar o fim do conflito. Aí, cada canto volta para o seu pedaço dentro do quarto e formam novamente, um inteiro.

É verdade sim

É a cabeça de parafuso que faz funcionar o motor!
Sério, é aquele motor que move a engrenagem para mexer os olhos.
Ora, é o mesmo motor que faz o balançar das orelhas.
E o óleo, o óleo sai das narinas, sim é de lá que vem o lubrificante, que bezunta todo o resto. Ao estilo Lavosier, tudo está ali. Claro! Consistente, e inerente ao meio. É parte intrínseca para o bom funcionamento. Veja as formigas, veja.
Hora de ir para o quarto... vamos...
Não, não!veja as formigas!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A

A que mostra a língua para B, também pudera, o beijo começa com C. É o coração que permite o encostar das bocas. Mas é só lembrar que o amor, precisa de B e que está dentro de C. É fácil fazer o cálculo, lembrar do A para com o C ter todos os dias o B. E alguém esqueceu do S?

Mediocridade

É a aliança que aprisiona o coração dos corajosos!É um casamento entre esqueletos de diamante. Eles só existem em frente aos espelhos que podem cortar.
São as unhas que fazem o serviço.
E mesmo desenhando curvas que farão novos caminhos, o enlace, ah o enlace, sempre estará no mesmo lugar.
E a teia de necessidades vai continuar enrolando corpos recém descobertos pela verdade.
Então, eles serão iguais aos outros.
E os metacarpos vão continuar, apoiados numa tinta qualquer,mapeando o destino de outras almas.

Contra

...Por que a favor é ingênuo, o contra, é o esquerdo que dá uma rasteira no direito.
Olhando à esquerda, dê um giro para ver se à direita ou o direito, estará à espera? que nada, o direito é a esmola, é o molengo, é o sorvete que derrete mesmo em dias de frio. O esquerdo não, o esquerdo é a Lâmina da gilete do cafetão,aquela que abre história na cara das subordinadas.
É cruel, é frio, mas é o direito que vai lá, escondido, procurar a cara marcada.
Espanto inescrupuloso da sombra que presencia o esquerdo ao seu lado.
Os dois se enlaçam, é sujo, violento e brutal.
Mas a baba escorre, e os olhos pululam a mente confusa.
E é ela que tenta advertir qual deve ser a sentença.
Mesmo assim, o contra, faz o favor de tornar os ingênuos e acasos interessantes.

Guerra

Todo os segundos dedicados a pólvora, que vai designar os caminhos dos inimigos.
Todas as preces dedicadas ao futuro, que precisa desviar as balas do front.
O velho rifle, ganhou banho de óleo de foca para ser mais eficiente.
As focas preferiam o suicídio, mas não tiveram a chance da escolha.
Quem dirá isso, ao rosto retorcido pelo medo que se apresenta no colo da surpresa?
Sim, a pólvora e o óleo de foca, funcionaram, na hora certa!
E o chumbo? alguém lembrou do chumbo?
É o mesmo que afunda quem vai buscar as focas.
Mas elas não tem escolha.

A

Dedo de criança para abrir a porta dos sonhos.
O magnata comprou os corpos, mas esqueceu das almas.
Em troca, vendeu carcaças de gatos malabaristas aos palhaços do rei.
E o rei? queria mesmo, era saber da coroa.
Isso mesmo, a coroa!
Ahhh, a coroa nunca vai ser jovial, mas o monarca sempre vai desejá-la.

Começou

Finquei espada em lápide de areia para acabar com uma esperança.
Todos querem ter suas ampulhetas personalizadas.
Ledo engano.
E é nessa guerra que se enxerga a grande lição: ninguém é dono de seus próprios brinquedos!
Sempre haverá um juíz para dizer como os bonecos devem estar dispostos.
E o tabuleiro, por mais bem desenhado que esteja, terá rachaduras eternas.
E as ranhuras?? Ahh, as ranhuras fazem parte da "tal" harmonia que lambe as pernas do caos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Acompanhe o que escrevi

As paredes do quartel sussurravam os planos daquela noite.
As velhas botinas estavam prontas para a revolta.
O antigo bacamarte exposto na parede, afrouxava as dobradiças que o prendiam a parede.
Talvez os quadros entrassem no motim.
Mas nada era certo.
O único sentimento "concreto" é que as paredes sussurravam os planos daquela noite.

Sabe como é

Carapaças de marmelo, são dublês de batalhas sem sentido.
O início que perpetua a maquiagem da tua essência, tem um fim na cusparada em direção
a platéia. Bonecos de plástico aplaudem a habilidade do cirurgião.
O corte na frase que revelaria segredos, foi na medida.
Os panos que secam o suor da perspicácia, são depois incinerados.
A tenacida nunca encontrou ao menos as cinzas.
Mas foi o colorido que a presenteou.
Sim, o quadro se pintou num sorriso largo.
Mas lá no fundo da obra, se percebia o prenúncio de um banguela que se aproximava.

Quem diria!

A hortelã massageia o palato e o aroma do chá acalma os corvos que ficam à espreita da janela sem vidros.
É que o reflexo atormenta os viajantes que esquecem o próprio nome, quem dirá a face.
Mas os corvos, falava dos corvos, de bicos afiados e tenacidade de rapina.
São isso, não são?são de natureza torpe, já dizia a menina de pernas longas que trazia o bule.
A água quente, o vapor, e o vento que faz canção pelos corredores, torna o espaço da sala planetário, repleto de histórias visuais.
Era o momento de sentir a hortelã e deixar o sabor voltar, no expirar dos pulmões.
A menina jogava pedaços de pães aos corvos, mas esses miravam as ponta de dedos ingênuos.
A porta de abre, e um viajante se aproxima.
Ele traz boas novas, customizadas em pequenas orações.
O início é o pai, o princípio é vós e o fim, é do tempo.

Feito nos moldes da orelha

Quase um parto pétrio de idéias impuras.
Um nascimento eternizado pela beleza inicial, se desfaz com a verdade que chega para presenciar o arregalar de olhos.
Sim, os íntegros, estão na porta de um novo coliseu construído com marcas de mãos trabalhadoras e sonhos.
Ahhhhhhh os sonhos, no início são belos,coloridos e suaves e em minutos escurecem, endurecem, ficam amargos e feios.
É a realidade que trouxe novos tons de cores que mandam para longe a inocência.
Tal aburdo ecoa numa caverna de dúvidas.
Assim o é, assim o fez, ó santo patrono de cerimonias molhadas em minha boca
É nela que a tua língua e saliva encontram enconderijo.
Bandanas de bandeiras rasgadas em prol de uma liberdade que brincam em jogos de cabra cega.
Não importa para onde os heróis caminhem, sempre haverá uma lágrima a procura rostos desprovidos de segurança.

Um acúmulo de idéias e coisa e tal

Da vergonha do vermelho escarlate, me faço o herói dos teus sonhos.
Desbravo montanhas de açúcar, para adoçar um destino ilusório.
Empanturro o ego que sossega.
Cegos que caminham em linhas retilíneas de incertezas e que insistem em estradas de vidros quebrados.
Meus pés engolem o sangue dos cortes, para não deixar que sigam o que restou de minha alma. Vôo sobre oceanos de boa vontade, mas me afogo em pequenas gotas de inveja.
Incrível, elas conseguem sufocar todo o resto.
Salto onde as pedras não rolam, apenas sustentam a verdade que revigora meus nervos, tão espremidos pelo enfileramento de corpos.
O escorregadio senso do real, vira poeira cósmica, em um céu indagações.
Certo que os cães de outrora, já sabiam que perderiam seus dentes, em carnes petreficadas pelo friolento rancor de ser um qualquer.
Talvez o amanhecer mudasse de turno, para evitar reações lúdicas de duas bocas que brincam de fazer futuros.Ou quem sabe o próprio futuro esteja praticando atos de perversão, em busca de um encontro, com seu primo tão distante.
É o passado que enxerga as pegadas que o futuro ainda tenta esconder.
Afinal, só o futuro sabe o que enxerga quando se olha no espelho.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sinto muito mas..

..É sim, os olhos, foram os olhos, brilhantes ,hipnóticos.
Fui ao solo e das lágrimas fiz argila e moldei o meu futuro.
Tinha teus olhos, sim eram os teus!
Mais um punhado de terra e a ponte está feita.
Leva para dentro do teu próximo pensamento.
Assim nasce o querer!
Pelo menos assim o foi.
Direcionado, amamentado pelo ego com litros de saudade.
Fico ali embriagado, Falando bobagens, atônito e escravo novamente.

Sabia disso?

Filamentos cantam em uníssino aos pedaços maiores, que se vangloriam pelo tamanho que ficaram.
Foi sorte, pura sorte e o contato emitiu um som.
São partes de um complexo que se deixa ser preenchido, até ficar completo.
Tem espaço concreto, e ajuda no ato de conhecer, experimentar.
Um instrumento que conduz até mesmo em direção a lugares e cenas, até então escondidas nas paredes do cérebro.
Assim ficou o copo que você quebrou!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

sei lá..repetir é bom

É no beijo com fome..na respiração curta
no arrepio da pele...
no fôlego engolido para apressar o encostar de duas bocas..
o gosto vicia...é para sentir o gosto....por isso a pressa.
O olho com a pupila dilatada.... o lábio gélido de desejo
o mundo que pára...
O corpo que espreme..aperta...gruda..não solta...nunca

sábado, 1 de novembro de 2008

Tenho que confessar é para ti

Nossas mãos, um dia ficaram úmidas e quem sabe até sozinhas.
Fizeram parte de um todo, que nunca preencheu o pequeno espaço entre um travessseiro e outro. Talvez as risadas, ou goles de vinho, sirvam para sujar o lençol tão limpo e branco, que teima em esconder o vermelho de nossa intenções.
Anseios, desejos, palavras óbvias ditas em códigos de cumplicidade.
É assim que se rouba um sentimento, se escraviza a razão, ou que se pinta um quadro de tentações.
É na verdade do beijo, que se mata a mentira do medo!
Medo esse, que aprisiona, que cria algemas, feridas, dores, e faz o meu ser, que existe dentro do teu, expurgar o desejo de "nós".
Somos assim, cântaros de água envenenada, pela ânsia de dizer uma verdade que não encontra tom, nem som nas bocas que precisamos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sem querer

Nas tormentas de tuas lágrimas nadei contra uma maré de incertezas.
Ancorei minha confiança em nossos beijos de saudades.
Fiz morada, fui criado, fui moldado simplesmente para ser teu.
Teu ornamento, teu sentimento concreto de uma alma que sem nome.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Benzafé ( Boca a boca )

Minha noite fica iluminada.

Tua risada captura todos os meus desejos.

Mas teus olhos fingem não me ver.

Faço força, canto alto, mas fico oculto.

Ando na praia, pés descalços, caminho sobre a água pra
chamar tua atenção.

Mas sou apenas um vulto, escondido na multidão.


Refrão

Olha o espelho e descobre o meu reflexo.
Te quero tanto que já estou dentro ti.
Vem fazer parte da minha vida e dar um nexo
Para essa paixão realmente exitir.

Mudei minha forma, até minha voz ganhou outro tom

Desenhei o teu rosto no meu peito e descobri que tenho dom

Não consigo te esquecer cada vez que tiro a roupa.

Minha pele tá gravada,tá marcada, que coisa louca.

Me enxerga, que te venero quero a tua boca.

Refrão

Olha o espelho e descobre o meu reflexo.
Te quero tanto que já estou dentro ti.
Vem fazer parte da minha e dar um nexo
Para essa paixão realmente exitir.


Vem me dar prazer, vem me conhecer

Não desiste dessa forma querer.

Toda noite até o dia amanhacer.

Boca a boca respirando a paixão.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aos descendentes que honro, agora ascendo a ti

Beijar com pressa de sentir o gosto???
Quase um leve desespero de saudades???
Como se precisasse engolir, ter o outro junto, dentro, tudo junto, misturado,sim,
tudo junto misturado.... suor, saliva, gosto, boca dentes... tudo ficou esfumaçado.
Fusão de coisa boa, cósmica, estelar
Total...universo aberto em dois!
Arrepio!
Uma avalanche deles que escorre pelas costas,
fazendo tremer a parte de baixo... que umedece quando a de cima perde a razão.
Calor, frio, desejo, medo, necessidade, vontade
Fome, ânsia, querer, ser, ter, simbiose carnal
Sentir, viver, cheirar, amar, sofrer, amar de novo
E de novo, e de novo...
Sim, e o corpo pede, os pelos...ah, os pelos se grudam,
Intensidade e desejo se misturam.
Os dedos bailam sobre os corpos, buscando mais
e encontrando mais,
e mais e mais...
O cheiro entumece as narinas.... sufocando, chapando...delirando
e ainda querendo mais, sem descanso
O desespero, os gritos, o medo de se degrudarem....
não podem se desgrudar
não.
Não podem!
Estão colados, amarrados, o amálgama do desejo,
não querem, não conseguem.
Mas o céu clama por eles, e os corpos espumam por dentro.
Está na hora de suas almas acarinharecem a barriga dos deuses.
Energia, vida, luz
e logo vem o sorriso de ironia....
O olhar belicoso, e a trama de seqüências de movimentos que devem ser repetidos,
todos guardados na mente, que não descansa nunca, não pode.
Vamos aos céus, entrelaçamos as mãos, fazei tremer o mundo dentro de nós,
me olha, e confidencia ao meu mundo que ele está dentro do teu!
Ele já treme, o terremoto chegou devagarinho e se instalou.
O olhar diz tudo,com a sinceridade natural do peito aberto
Então deixa fazer homenagens às tuas curvas e aos tombos afoitos para dentro de ti....
Toco fundo
Muito fundo..

Foi assim, simples assim

Olhe o sorriso, d'alma que encolhe a inveja para não ser delatada pela pupila, mesmo que seja, no mais remoto piscar de olhos.
E na frente do muro teu peito afugenta o medo de um tiro certeiro. O carrasco sabe que és o eleito para o amor....Ó pobre amor desajeitado, que obrigas a fazer lambanças, de um jeito de criança, somente para te conquistar.
Será que és sincera? Afinal, tão severa é a escarnia dos cânticos silenciosos, que quebram espelhos já trincados pela lágrima derramada.
Lágrima essa, tão afiada quanto o diamante que corta o vidro e deixa marcas.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Anomalias

Lágrimas descem pelas maçãs do rosto escrevendo na pele um tratado da dor.
Os olhos giram, as mãos catam gestos de carinho num chão lamacento de mentiras.
Tateando beijos, esmolando devoção, comprando desejos e lapidando corpos que podem apontar um caminho de alento, rasgo a alma purulenta de vida terrena.
Purgando pecados, escarrando vingança, segues a tormenta doidivanas de tijolos em labaredas que caem sobre as cabeças decepadas de alfinetes!
Abre o teu peito em chamas e mostra o vulcão de anomalias que incineram teus sentimentos! Queime a mentira, delate e leviandade, e rompa o teu caso com o eterno . O hoje é o original.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Olhe bem...

Sal, água morna, sangue quente e a janela que fica entreaberta para deixar a brisa úmida passar.
As palavras se esfumaçam com a chaleira.
A sombra se estica diante dos passos que arrastam a culpa pelo chão de madeira.
O marmelo que adocicava a boca lambida, ficou azedo.
Não existe perdão,e sim destinos mal desenhados pela mão trêmula da incerteza.

As vozes

Em uníssono devaneio, deixamos teus desejos pelo chão de vidro.
Um dia, ele quebrará!
Somos mil vozes de um coral de sussuros e gemidos.
Somos assim, gigantes que tem medo de crescer.
Bonecos de carne com pés úmidos, sexo quente
e pupilas esbranquiçadas pelo esquecimento.
Meus amigos carrapatos é que matam a sede em minha derme.
São eles que me avisam do frio que se aproxima.
São eles também que mastigam meus músculos ao menor sinal de atos medíocres.
Ó santos, que ganham a gratuidade do perdão por atitudes altruístas.
Sairam na frente. Assim se faz o molde da personalidade.

domingo, 21 de setembro de 2008

Para Benzafé (letra, Essa noite)

Essa noite


Teu olhar manhoso, a noite esquenta
me pega pra dançar.
O beijo demora,tua perna se enlaça na minha,
não vou resistir.
A mão bem malandra, tem jeito de mestre e pega
com força pra não mais largar.
A boca se esforça pra não desgrudar.
O relógio se esconde na cabeça virada, no beiço assanhado
que só pensar em ficar.

refrão

Te beijo,te quero, te vejo, remexo.
Te fecho no quarto e esqueço o tempo.
Te digo loucuras, tu faz travessuras, não quero
esquecer.

A boca se esforça pra não desgrudar.
O relógio se esconde na cabeça virada, na beiço assanhado
que só pensar em ficar.
O corpo esquenta, o suor afugenta a razão.
A saliva alimenta, o desejo aumenta é melhor se apressar.

refrão

Te beijo,te quero, te vejo, remexo.
Te fecho no quarto e esqueço o tempo.
Te digo loucuras, tu faz travessuras, não quero
esquecer.

Faço ninho no teu corpo,
já sei o teu contorno
posso até desenhar.
Balança o corpo, mostra teu jeito manhoso
de me conquistar.
A noite, clareia, a cama icendeia, a boca com fome não tem jeito de largar .

refrão

Te beijo,te quero, te vejo, remexo.
Te fecho no quarto e esqueço o tempo.
Te digo loucuras, tu faz travessuras, não quero esquecer.

Nossos e teus

Corações de bonecas esquecidas pela vaidade são brinquedos, em minhas mãos dominadores. Os joguei para o alto e os condenei a minha prisão de desejos. Os olhos ficam inchados, a boca trêmula e as lágrimas se confudem com o suor do lamento ao me ver indo embora.
Pobres corações que dançavam em minha frente como súplicas de atenção.
Eu, era o mestre, o dono , o senhor dos pequeninos.
Resolvi cultivá-los e plantei vários ao lado de minha cama.
Mas não fui atento e os deixei endurecer... com o tempo foram petrificando.
E por fim quebraram!
Nasceram novamente tempo depois, mas não eram a mim que queriam a atenção.
Descobri que um dia, me tornaria um deles.

Eles dizem

Diga ao vento que o meu suspiro de saudades é tão forte quanto seus dias de mau humor.
Diga ao sol que meu afago esquenta teu corpo quando o frio é maior!
Agora cala-te, e deixe que o vazio faça ninho em teu peito.
Que a nostalgia vire o portal do tempo.
Que as lágrimas limpem o corpo esquecido pelo ego.
E a confissão do sentimento perdido se torne o líquido vívido que te faz andar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Em ti

Prisão de areia, vento venenoso que trai a sorte lambendo os lábios da imensidão.
Perdido nesse deserto de dunas cervicais, contenho a promessa de lealdade.
Te sinto, te vejo. Da boca molhada vem a água que salva, dos olhos a claridade ilusória.
Grito ao léu, sei que me ouves, estou em ti, sou para ti.
Não vês meus olhos, por que estou atrás dos teus. Mastigo a esperança de um encontro pois já estou presente.
Sou tua derme, me sinto sim um verme que clama pelo teu reflexo.Te conheço por dentro, mas é o lado de fora que me faz senil!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sorriso fácil

Sorriso fácil, sentidos atentos, achei meu reflexo, estava no corpo de uma mulher.
Senti calafrios e nem a beijei.
Desenhei um mapa de carinhos, uma trilha de sonhos, tudo para derrubar as paredes do medo...hoje anseio com o beijo que me tornaria pedra!
Sim, eu seria o ornamento da tua vida... se fosse para estar ao teu lado...sim, eu seria.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Catarsis

Sonhei com as lágrimas que não encontravam sentido em rolar.
Mas elas disseram: "Poderia existir, claro que poderia"!
Então, criei estradas com pétalas para amaciar um futuro andar.
Mas não obtive repostas...não precisavas de mim..já tinhas o teu mundo!
Criei montanhas de areia para tapar sol, não queria atrapalhar o teu sono.
Mas não obtive respostas...não precisavas de mim ..já tinhas o teu mundo!
Entendi que deveria continuar sentindo, condenado pela injusta saudade que fazia casa dentro de mim!
Não sabia por que sentia a tua falta.
Afinal foi sempre de longe que te quis.
Mesmo que esteja distante, vou continuar a ser teu devoto!
Afinal as paredes que nos separam são invisíveis, mas todos ao nosso redor sentem nossa presença. Por que devo te esquecer?
O vento foi se tornando brisa, enfrequecendo e nunca mais soprou forte... era a última confissão de amor dele pelo...
mar.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Onde está o beijo?

Cravos e percevejos não se misturam, nem combinam, mas estão aqui. Amêndoa seca e tâmaras rosas são primas distantes que romperam com o palato. A língua nega, mas lambe, mesmo sendo azedo, a atenção vem lá de baixo, não importa, até o azedo fica aprazível. O olho espreita o acaso do dente que rasga com carinho, mas rasga. A língua não é esquecida e o palato reinvindica audiência com a razão.. a razão?? onde está??rindo da cabeça vazia, por que lembra do corpo desnudo, que chama a atenção lá de cima. E o azedo fica aprazível e como fica!

Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início...

Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início... Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início. Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início.
Ora bolas, olho para cima!Fico eu em cima do mundo que serve de calço para meus livros. Neles, guardo letras que dançam em minha cabeça quando tento uni-las. As vezes as vejo saltitantes tentando dar significados! Mas nem elas sabem dizer a verdade.
Não conseguem! Afinal são apenas peças. Mas não tiro o entusiasmo dessas tão dedicadas pequeninas. Elas servem as mentes de toda a natureza... não importa se mentes ou falas a verdade, elas se submetem. Noto que não existe solução, elas vão sempre estar à disposição de todos, descrevendo o tudo,até mesmo o vazio que tenta encontrar espaço entre elas. Pego o meu mundo, escoro ao lado da cama, deito e reflito... é melhor voltar a ser como tudo era antes:
Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início... Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início.

No canto direito da tua porta ganhei...

...Um beijo amargo, diante de um ceú sem estrelas recebi um aceno de adeus. Adeus e ati é dedicada a saliva escarrada em protesto. Protesto contra a existência muda de uma raça que não enxerga o próprio reflexo na imagem grotesca da irracionalidade. Mesma raça essa, que aniquila olhos e corações amigos, vizinhos ou até aqueles seres que são irmanados pelo mesmo sangue.
Raça essa, que não acusa as falhas das palavras enlameadas de inverdades. Santo cinismo, graciosa demagogia que enternece a alma ingênua na crendice da coerência. Mas vamos a verdade, a coerência morreu, morreu afogada em cachaça adulterada no mesmo puteiro que convaleceu em vômitos a esperança. Viva, ficou a desconfiança que abraçada na raiva deitou na cama acompanhada da inveja. Foi uma orgia daquelas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Olhos de vidros rachados

Nariz de palhaço, língua de serpente e está feito o casal-drama! Ele, inocente não enxerga as palavras molhadas em sua frente, é seco sem malícia, pobre palhaço! Ela brinca com os corpos dos outros, lambendo ralas ilusões. Mas está vazia por dentro e barrou a entrada de um futuro com vida. A sua espécie terminava por ali, e sabia que logo contaria os ponteiros do relógio de olhos fechados, a mente contaria os segundos da finitude. Seria a benção tão esperada.
Não muito longe dali, alguém dançava em cinzas de bonecas suicidas! A desilusão de mãos dadas com a desesperança executava passos grotescos, como se conseguisse sorrir com o pés. Sorria das lágrimas que inundavam a calçada mal iluminada. Distantes, mas não menos observadores, coiotes rangiam os dentes na certeza de que algum resto estaria servido para o jantar. Restos de alegrias falsas, restos de mentiras que surtiram o efeito no propósito esperado, restos de universos que cabiam numa janela de botão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Chocolate na bagagem

Lágrimas de chocolate seriam menos sofríveis, mas é preciso antes escalar o rosto, olhar os poros dilatados e amá-los assim mesmo. E depois dar uma bela lambida! O gosto doce da boca não pode ser esquecido. Claro que não... Assim afasta a ausência de um suspiro....É nessas horas que morder os dedos da solidão faz bem para trazer a tranquilidade da santa-autosuficiência. É asim que acontece, pedaços de vidros pelo chão e mais uma garrafa de vinho barato, que serviu o propósito de ser o combustível para uma viagem além terra. Sim, vamos viajar pela Via Láctea.... mas não esqueçamos do chocolate na bagagem...

Santa incoerência

Sim, achei o quebra cabeças, estava em cima do armário...escondido!Mas estava lá e junto estavam meus poemas, só que não consegui pegá-los.
É que eles fluturam rápido demais... Isso acontece com frequência,sabia?
Meus poemas flutuam...
É Que eles se acham muito inconsistentes, por isso flutuam!Coitados, tão inseguros!
Mas dia desses confessei para o meu abajur: quero amarrar os meus poemas, serão balões que vão levar minhas palavras com maior rapidez para o alto.
Não, não pense que eu desejo ser absolvido das minhas falhas mundadas e humanas, não, não pensaria em tal falta de personalidade... é que no meio dos poemas vou enviar deboches... Afinal sou eu que estou aqui na terra, olhando para cima e vendo o que eles usam embaixo de suas vestes.

tututututu

Eu disse que queria te ver!
Disse sim!
Por que você sempre tenta distorcer tudo o que eu falo?
Eu egoísta?
E você?? muito altruísta que é...
O quê???
Infantil???
Ora vá....
Vá você...

tutututututututututut....




AlÔ??? desculpa...

terça-feira, 22 de julho de 2008

NETUNO

Cabeças cortadas rolaram até o fundo do mar, os alfinetes de netuno nunca mais serão usados para pregar a consciência na cabeça do semi-deus. Ele sabia que poderia afogar o caráter duvidoso do ser humano, e por isso trouxe riquezas para a terra. Trouxe as águas e o colossal visual no fim de tarde. Não é à toa que Ulisses se prendeu ao mastro do navio e untou de cera os ouvidos, não queria ser levado ao fundo do mar pelas sereias. Que babaca! Desiludidas, as sereias resolveram ser mulheres e vieram para a terra, eram fortes independentes e tinham uma imenso apetite sexual. Com o tempo, os homens ficaram assustados, envergonhadas e humilhados...Homens que eram fracos e ignorantes e que se uniram na calada de uma noite de lua cheia para tramar contra elas...chegaram a conclusão que deveriam destruir suas vidas perante a sociedade. As chamaram de mulheres malditas, ruins.... e aí surgiram as prostitutas...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Escapou

Noite estranha essa quando ouvi promessas. Noite confusa essa, quando não acreditou em minha existência. Sou eu sim, eu existo e sou exatamente como descrevi. Mas o teu medo e a insegurança não permitiu abrir a porta dos sonhos. E talvez não conseguiria, afinal os sonhos acabam, e o medo do finito é tão horrendo quanto dar um longo beijo na realidade. Sim eu apareci, te dei esse momento, mas teus inimigos não deixaram. Teus conflitos internos, tuas frustrações, tua imperfeição. No entanto eu estava pronto a amar tudo isso, e mesmo assim não quiseste me conhecer...
Terminou o discurso e deu as costas..não queria mais olhar para trás... foi assim que a felicidade deu adeus ao coração dos homens...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Doce viagem

Um dia subi num avião que tinha asas de açúcar...sabia que a vida tinha um lado doce vista lá do alto. Mas decidi pular, e brincar com as crianças, já que a companhia dos anjos era sem graça! Dancei ciranda, pega-pega e me esbarrei em você. Meu desejo de felicidade!
É assim que te chamei... assim que te desejei!Como se fosse um beijo na chuva em um verão qualquer... quente e molhado ao mesmo tempo. Tanto quis te encontrar que me perdi...esqueci de dilatar minha pupila quando me emocionava ao te ver.Esqueci de derramar lágrimas também quando te perdi... e deixei de pedir emprestado o teu ventre para dar "vida" ao nosso amor. Que pena, ou melhor agarrei uma das penas dos alados para voltar aos céus... quem sabe la´de cima posso te enxergar melhor...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Único sentimento

Olhos perdidos no meio da multidão a procura do rosto escolhido. Mas nada de encontrá-la. O corpo começa a formigar. É a tensão da espera. As mãos lembram dos carinhos. Gestos silenciosos e delicados que pretrificam o universo. Subimos uma escada de estrelas e dançamos lá em cima, no céu. O mundo muda de cor, tudo tem outro cheiro e sabor. A plenitude encosta um dos seus dedos em nossos ombros e revela. Isso é poder! O poder de dividir, de trocar, de contrariar todas as teorias científicas. Claro é a única maneira de dois corpos ocuparem o mesmo lugar. Ah finalmente chegou...olhei fixamente e disse ... como é bom estar apaixonador pelo "amor".

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dúvida

Claro que a incerteza deixava as mãos trêmulas! As idéias haviam abandonado aquela mente?? o medo estava grudado na pele! As palavras não vinham, as letras sumiam da mente e um sentimento de horror ia dominando a alma. O que deveria fazer??? Qual caminho deveria seguir?? Diante das incorências de um mundo tão absorto e metabólico, uma catástrofe estava por acontecer e nenhuma saída estava ali, adiante. Sim, o breu dominava,estava nas entranhas do egoismo social. Sim e lá estava escondida a solução daquele problema! Mas como regurgitar tal salvador remédio? As mãos, apertavam as têmporas..no entanto as idéias não surgiam, pareciam bailar pela mente, se camuflando atrás de um neurônio ou de outro mas não se mostravam. Onde estaria a resposta??a solução do problema???ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!! droga de palavra cruzada...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tão óbvio

Sim, estamos separados! Os corações guardam sentimentos que pareciam nunca existir, mas existem! Ah, esse corações traiçoeiros que não avisam como devem se apresentar... muito menos em qual momento da vida devem se apresentar!Sim, nossos universos não colidem, não se mesclam, apenas dão a oportunidade de enxergarmos, um, a existência do outro! Nos amamos pelo olhar , pelo encontro silencioso da vontade. Aquela vontade escondida, guardada nos recôncavos da alma. Estamos próximos em vista e distantes em toque. Ahhhh maligna providência que me fez seguir o horizonte perfumado do teu ser, sem procurar mapas que me levassem ao teu encontro... Por isso estou perto...mas somente no olhar. Te vi crescer, se envolver, fui testemunha da tua dor, quis estar contigo...mas apenas consigo emanar esses sentimentos...demostro o que sinto como um escultor! Assim eu sou, vou esculpir mensagens de saudades nas estrelas, construir uma ponte entre os astros para te beijar todas as manhãs... afinal, a tua luz me mantém...mesmo quando vais embora...
O dia nublou e a lua deixou o sol...sem olhar para trás...somente com a certeza que naquele dia...choveria...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mariana

Ah, Mariana! Que eu amo com o seu jeito de amar o chão. Com seu jeito de sentir a terra sem medo da solidão. Ah, Mariana querida e sensïvel, que num dia de descanso trouxe o pranto no momento de carícia. Ah, Mariana, que soa como a filha do ventre às vezes esquecido e tão reconhecido na poesia dos desbravadores. Ah, Mariana! Meu pranto e minha alma servem de alento para o pranto da tua mãe tão desprovida de um futuro. Ah, Mariana, meu amanhã é tua história!

Beijo no céu

Sei que minhas mãos nunca estão sozinhas. Permeiam a vanguarda da solidão, mas nunca estão sozinhas. São elas que me revelam o recanto da humildade. São elas que dividem minha alma em dois. Escrevo por elas. Escrevo com elas o medo de ser um só pensamento. Agora elas assumem, trazem as normas, regras. E, quem sabe, os mapas cardeais que levam aos meus sonhos.
Na mente, fica um quarto escuro,triste. Ela não está lá. Minha dona, meu desejo, minha autoridade em dia de férias. Sim, ela comanda os meus momentos de solidão. Afinal, é a presença do todo que me preenche. Estou repleto de sinais em um só coração. Perdido no medo de entender o que o céu quer me trazer de volta. Tão estranho é o amor daquele anjo que pediu uma troca perfeita! Uma pena da asa por uma dose de aguardente. Ele queria mesmo ser eu, mesmo que o meu ser, fosse tão alado quanto a vontade de conhecer o seu deus.

Era verdade?

Certo, o que reluz, senão o opaco da indiferença?? Quantas chances de vitória tiveram os bandidos antes do final manipulado pelos fãs dos heróis? Sim, somos mentes infantis no quintal dos adultos. Santificada pureza que nos remonta aos erros esquecidos. Ah! Foi a vaidade que deu um jeito de manipular os pergaminhos do mundo! Sim, foi a vaidade que se incubiu de encobrir as fraudes. Afinal, nos disfarçamos com vestes de anjos para facilitar a escolha do supremo! Óbvio, em meio a escolha do grande chefe, devemos ser dóceis. Claro, ele é o detentor das verdades e conjunturas da vida terrena e senão galática! Eu não, eu sou a paródia na saliva do bandido que entrega os seus planos, nos segundos finais. Moral? Foi derrotado pelo o herói! O público agradece. Sim, eu sou a vírgula na santa palavra que"ele" colocou no lugar errado. Mas ele, não erra. Escreve as palavras conforme a própria língua, ou seja, por mais que a movimente na boca, sempre acaba no lugar certo.
Ao conversar com "ele", decidi pagar a conta, e avisar o garçom que o vinho acabara para aquela mesa. Não tenho culpa, ele provocou, dizer que o homem era puro??!!!...ahhhh ia começar uma briga!

Idéias

Sim, a inspiração se foi e levou junto a confiança. Ela foi carregada pela mão, meio contra à vontade. Por isso, acabou também a esperança de abraçar o novo, o inédito o original. A mente vazia, cria paredes que bloqueiam as idéias. Imagino as idéias em ordem sendo orientadas por um neurônio chefe:

Roteiro de cinema?
Presente, senhor.

Romance?
Estou aqui, senhor.

Piada??
Aqui

Planos para o fim de semana?
Presente.

Projeto de trabalho?
Aqui.

Mas no meio da fila aparece o representante do sistema nervoso.
Gente, voltem todos para seus lugares que ninguém vai sair daqui hoje!
O que aconteceu? perguntou o neurônio.
O chefe ficou tenso, e deu branco!
O quê! branco?!
Todos na fila estavam horrorizados, afinal o branco era o pior dos males daquela mente criativa.
Eis que o neurônio puxou o representante pelo braço e o levou até um canto.
Olha, dá uma mensagem para o cérebro, o homem precisa relaxar, tomar um cafézinho, olhar para aquela colega gostosa, falar besteiras, sabe como é...
Contente com a dica o representante do sistema nervoso foi em direção ao cérebro.
Depois daquele dia as idéias voltaram a aparecer, só que num contexto diferente:

Plano para pagar a prestação do cartão de crédito???
Presente.

Planejamento do casamento???
Aqui.

Nome do filho???
Presente...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sonho, amante secreto da realidade

Coração palpitante e a razão escondida no ralo do banheiro. A pressa para despir os corpos e a culpa é gigantesca. Tão grande quanto a vontade de sentir uma união completa. A porta do banheiro fica entreaberta, não pode, alguém vai chegar! Pensam os dois. Sem desgrudar os lábios, um dos corpos dança até a porta e gira a chave. Pronto,estão seguros!
Nem tanto, a casa dela era habitada. Marido e filhos podiam chegar a qualquer momento. Mas o desejo era maior. As roupas ficam esparramadas pelo chão, a respiração fica pesada, beijos pelo pescoço, pelos braços, barriga, virilha,costas, tudo recomeça. O encaixe acontece, o arrepio toma conta, o calor, a febre o suor, tudo se perde e se reencontra em cada movimento. A fome, sim, a fome de querer mais, vicia, a saliva escorre pelo canto das bocas, os corpos querem explodir!
O céu se abre, e os dois dançam em piscinas de chocolate morno.
Ele despenca das nuvens e cai sentado no chão frio do banheiro, ela busca carinhos, os dois estão empanturrados de prazer, ele se veste, ela pergunta por que?? Ele recobra a razão, abre a porta e vai embora. Ela respira fundo, ainda sente o gosto daquele momento, vai até o chuveiro, toma um banho lento e vai para cama dormir. O cheiro dele fica grudado na pele e ela sonha. No sonho, ele, não vai embora.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Escravo dele!

Sem dinheiro! Ele não veio me ver sorridente este mês! Veio triste, fraco, pequeno,insosso, sem graça. Tentei conversar com ele e entender o motivo da ausência de entusiamo e tamanho. Mas a explicação desse velho companheiro de caminhadas foi, nem sempre sou o mesmo durante o ano todo. Sou volúvel, não sou sentimental, sou frio e quem me dá alma é o meu recebedor. Afinal, sou apenas um mecanismo de sobrevivência para uns, cobiça para outros e solução para muitos. Ao ver que aquela conversa não teria um prosseguimento interessante, dei adeus ao dinheiro sem antes receber um aviso.
Não percebeu que eu mando em sua vida???
Se eu não existir, quem pagará o aluguel?? ou melhor como?
Quem pagará a comida que o alimenta??? quem pagará os pequenos confortos mundanos que eu proporciono??? TV, restaurante, bares, roupas,carro,vida social??? isso, vida social, terás uma sem mim??? tu és o meu escravo, vais trabalhar para me encontrar no fim do mês do jeito e a aparência que eu quiser.!
Enfrentarás as agrouras do dia-a-dia sorridente sem ao menos pestenejar, sempre à espera da minha vinda! e isso nunca terá solução, estarás pelo resto da vida atrelado a mim! Sou o mestre que determina a tua liberdadade. Queres viajar? precisa de mim. Queres experimentar novos sabores???precisa de mim. Agora se quiseres encarar uma vida de renúncia a mim, podes tentar, viverás à margem de todos, andarás nas ruas buscando restos, dormirás ao relento, sem segurança ou conforto, e mesmo assim ficarás sonhando no dia que me teve e desejará com todas as suas forças a minha volta. Então, não reclame, sou o seu senhor, detentor de suas ações. Claro que sou, já pensou em gastar mais do que o meu tamanho?? então precisas seguir a tua vida conforme a minha proporção.
Olhei para o dinheiro, rasguei as primeiras notas,entrei no meu carro e dirigi em direção as montanhas, estava decidido a deixar de ser escravo. Iria me jogar ladeira abaixo. Mas meu plano não deu certo... afinal, não tinha dinheiro para o pedágio.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Pequenos anseios

Um dia é suficiente para a corroer a solidão das sombras que se exibem ao alvorecer. Um segundo que namora a sobrinha das horas???Sim, sim, os minutos não são apressados, por isso dão tempo ao próprio tempo.
Santa hiprocrisia essa heresia, de dizer que o pecado é errado. E o bom quem chamou? Foi o cozinheiro que se matou depois de um banquete inusitado? Eram ratos no cardápio?Mas quem foi o larápio que roubou os pedaços de faisão? Foi ele, o amigo do rei, aquele mesmo que cortejava a rainha loira, os filhos nasceram morenos, e o rei deixou o povo passar fome!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Filamentos cerebrais

A caravana segue por uma estrada enlamaçada e atravessa um pântano cercado por árvores escuras, que parecem mortas. Os aventureiros olham com medo e curiosidade todos os movimentos ao redor das carroças. Armas em punho e o coração na mão. É necessário ter pulso, para atirar instintivamente. O reflexo é a alça de mira dos valentes integrantes da caravana.


O líquido esverdeado escorre pela goela do bandido. Ele assiste a transformação em frente ao espelho. A cabeça fica maior, os olhos avermelhados, as veias incham, é possível vê-las com facilidade, a saliva aumenta e escorre pelo canto da boca. Sim, ele não era mais um monstro somente pelas atitudes, agora tinha a aparência de um.


O beijo estala, as mãos se espremem nas costas e a contração do ato arranca suspiros!A noite estava quente, com uma brisa leve que abrandava o suor dos dois corpos. Os beijos eram esfomeados, eram doces, por vezes salgados, o sangue se misturava aos beijos, sim o sangue. Afoitos, se beijavam com tanta voracidade que quase arrancavam nacos de carne da boca um do outro. Que noite! Que beijos!
Um, em dois naquela noite, era isso que eram. O sagrado, o lamento, a dor, o desejo, o proibido, o pecado o medo, tudo era mastigado pelos corpos que se engoliam. Não existia o não, somente o todo!

terça-feira, 25 de março de 2008

Um dia de luta

O reino ficaria à mercê dos demônios que avançavam intempestuosamente contra as muralhas o castelo. A discórdia e o medo se espalharam como uma doença contagiosa. Os poucos que restaram estavam extremamente feridos e mal conseguiam ficar em pé! As sangrentas batalhas que se sucederam durante oitenta dias dizimaram um exército de dez mil soldados.

O rei sabia que era o fim. Mas estava sereno, sentado em seu trono, apoiando o queixo na empunhadura de diamante da bela espada monárquica. Sim, ele ainda era o rei e precisa fazer juz a essa honraria. Era um enviado de deus, e ninguém melhor que ele para enfrentar os demônios! Inimigos ferozes, corpulentos e donos de garras afiadas e dentes pontiagudos eram combantentes quase invencíveis. Mas o rei não deveria temer tombar em combate, ao contrário, essa seria o prêmio de uma vida de devoção ao povo que o confiava como o rei. Sim, ele ainda era o rei.

O olhar fixo na entrada da sala real era o guardião do primeiro golpe ! Ao entrarem, ele teria apenas uma atitude, lutar e desferir golpes até que seus músculos suplicassem pela rendição. Mas o rei sabia que não teria rendição, e no fim seria levado pela barca de Caronte. Mas antes muitos cairiam, nem todos os demônio do inferno seriam capazes de derrotar o desejo de defender a sua gente.

Os grunhidos aumentavam a cada passo do inimigo em direção a sala real. O som estridente de centenas de animais se aproximando fazia crescer a adrenalina do rei que estava pronto para o combate. Ele se levanta do trono e empunha a espada.



Venham porcos imundos! venham sentir a lâmina de minha espada!



Alguns segundos de silêncio tomam conta da sala real! O rei é invadindo por um sentimento de alívio, mas era apenas ilusão! Os demônios começam a entrar na sala real e o inferno se faz, frente ao bravo rei. Eram dezenas, centenas,e os golpes eram de uma força descomunal. O rei sentia o corpo todo tremer a cada investida dos inimigos, porém ele era mais rápido, mais treinado, mais técnico e conseguia a cada novo embate, abrir uma clareira de corpos! Os inimigos estavam sendo vencidos, mas a medida que o rei avançava sozinho, mais demônios surgiam a sua frente, mais golpes potentes e mais velocidade nos contragolpes do rei, eram braços cortados, pernas fatiadas, não importava mais, onde o rei acertava a grandiosa espada, o instinto de sobrevivência agora falava mais alto, os gritos de desespero e cansaço de confundiam diante da agonia do inimigo que tombava a frente do rei.

As mãos sangravam por causa dos golpes, o corpo coberto de sangue e suor não aceitava uma trégua, queria lutar até seu coração parar. Eram dois, três ,quatro demônios ao mesmo tempo, sendo que apenas um demônio era suficiente para enfrentar três soldados humanos. O rei lutava pelo seu povo e a alma de todos aqueles que sucumbiram diante dos demônios davam forças para os golpes seguintes. Um dos golpes arranca a cabeça de dois demônios ao mesmo tempo, vacilo suficiente para o general dos demônios desferir um ataque que por pouco não acerta a cabeça do rei. Ao perceber o ataque traiçoeiro o rei empunha o machado que estava preso em suas costas e divide ao meio o comandante daquele exército. Sangue e víceras se espalham pela sala real e o silêncio novamente toma conta do castelo, ao verem o seu comandante esquartejado, os demônios passam a se retirar pouco a pouco do castelo. Era isso, ao derrotar o líder, os outros abandonariam a investida contra o reino. E foi o que aconteceu, eles abandonaram o desejo e dominar o reino. O rei caminhou lentamente para trás, sem desviar o olhar dos poucos inimigos que restavam em pé, e sentou novamente no trono. Extenuado, o rei acomodou o queixo sobre a empunhadura de diamante de sua espada.

segunda-feira, 24 de março de 2008

A pré-história do Manual do Guerreiro

O Manual do Guerreiro está cumprindo a sua missão de servir e orientar os nobres colegas que utilizam essas lições. Em virtude dessa necessidade, está em produção a continuidade do Manual.
A sequência das lições estarão alicerçadas em verdades experimentais. Os nossos estudos antropológicos e antropofágicos sobre a raça humana estão intimamente ligados ao sucesso ou declínio da sociedade contemporânea.

A próxima dissertação será sobre o "Homem Canalha" da espécie Neandertal Galinhaçus Canalhus Antropofágico.
Vamos a um breve resumo sobre tal espécie:

Uma robusta subspécie de Homo sapiens assumiu como grupo dominante na Europa, na África Setentrional e no Sudoeste Asiático e relatos mais recentes garantem que ele se espalhou nas Américas, menos em Estados como Califórnia, pertencente atualmente aos Estados Unidos ou cidades brasileiras como Pelotas no Rio Grande do Sul e Campinas no interior de São Paulo .

Falemos então do grupo dominante, isso significa que existia a necessidade de poder entre os seres inseridos na realidade a ser descrita. Arriscamos a dizer que nos dias de hoje, o controle remoto em casa retrata a simbologia desse poder (pode ser uma situação hipotética,pois não existia o controle remoto na época, mas com certeza existiam outros sígnos de domínio territorial)

Outra certeza é que o passado nos remonta um presente de clarezas. A maior delas é que o acasalamento poligâmico, ainda é uma questão de sobrevivência social e por que não dizer política, vide o Governador Nova York Eliot Spitzer.
Bem..voltemos ao homem de Neandertal.
Como se conhece essa subespécie, é mais alto do que outras espécies (chega a cerca de 1,72 metro) o que seria hoje um médio devorador, mas não menos sagaz que os maiores. E agora vem a grande informação que será um divisor de águas no relacionamento humano e que desmente qualquer opinião feminina. "Tem cérebro grande" isso mesmo, somos originários de homens de cérebro grande! E esse cérebro, vem acompanhado de uma mandíbula poderosa utilizada para fins prazerosos, rosto projetado e barbas. Resumindo, cara de macho! sem frescuras ou feições desenhadas ou delicadas.
Nesse caso, mudamos, nos aperfeiçoamos, mas continuamos machos. Isso segundo a ciência também deriva da região em que vive esse espécime! Claro isso é preponderante! Já que nos lugares de climas mais quentes do Sudoeste Asiático, ele é menos corpulento. Ao contrário da espécie encontrada no Sul do Brasil pertencente a categoria Machus Estremus!

Outra constatação de pesquisadores:
Os hábitos do homem de Neandertal são poucos conhecidos! Um terrível engano! Conforme as constatações de nossos estudiosos que ajudaram a constituir o Manual do Guerreiro é sabido com extrema certeza os hábitos do homem de Neandertal e homem da espécie Galinhaçus Canalhus, acompanhe as semelhanças. O certo é que o homem de Neandertal se deslocava em grupos, como forma de proteção contra ataques de feras! Novamente uma tática usada atualmente pela espécie aperfeiçoada do homem de Neandertal da espécie Galinhaçus Canalhus. Explicando melhor, quanto mais mulheres ao redor, maior a curiosidade de outras fêmeas, sendo essa uma atitude instintiva das mulheres, os melhores procriadores ficam com as melhores fêmeas do grupo, então essa semelhança ainda continua. E as feras, seriam todas as espécies femininas que ficam contrariadas com a decisão de poligamia.
Por isso é preciso entender que o homem de neandertal ainda prevalece na essência masculina! Também é coerente afirmar que a necessidade de uma experimentação maior de fêmeas,está diretamente ligada a continuidade da espécie humana. Significa que o Neandertal Galinhaçus Canalhus ajuda na preservação da sociedade. Mas é claro que podem vir represálias diante de informações científicas e irrefutáveis, do tipo, são primitivos mesmo, atrasados, animais! Mas é necessário lembrar que o instinto de caça ainda é apreciado por várias espécies femininas. Vamos as armas utilizadas:


Gentilezas - necessário

Bom humor - importante

Presença de espírito- vital, inclusive em momentos de flagras!

Bom aspecto visual- fundamental

Cheiro - quesito importante

Boa pegada! significa que a espécie que sabe aproveitar o melhor momento para aproximação oral!


Essas são apenas algumas das armas que passaremos em nossa próxima explanação sobre a espécie. Por enquanto lembremos que a espécie precisa ser preservada em virtude da demanda de fêmeas e coexistentes no planeta!

quarta-feira, 19 de março de 2008

O confronto - capítulo 2

Noite úmida e a sensação de que o tempo é curto. Jack corre pelos becos que levam até o hospital com a pressa de quem precisa livrar um amigo do perigo imediato. E precisa mesmo! A mochila com armas e equipamentos não pesava tanto quanto a preocupação de que os segundos eram preciosos. Andar pelo estágio dois, mesmo estando no planeta terra, era uma experiência que tiraria a concentração de qualquer novato, menos de Jack. Ele sabia que os seres que enxergava durante o percurso até o hospital,nunca seriam vistos à luz do dia por uma pessoa que estivesse vivendo no estágio um. Ou seja a população "viva", não tem idéia do mundo à parte que existe no planeta terra. Um submundo que não é revelado por causa de um ajuste ocular e neural. Um ajuste que os habitantes do estágio dois tinham mas os do estágio um não. Ou seja, eles nos viam, nós não podemos vê-los. O olho humano não está adaptado a ver as formas de energia que se manifestam no estágio dois. Na verdade são seres humanos iguais aos da terra, no entanto não possuem o veículo de locomoção tão comum na vida cotidiana. O corpo concreto.
Faltava apenas mais uma viela para chegar até o estacionamento. Enquanto Jack corria,retirava da mochila o sinalizador neural, afinal,não podia perder tempo, precisava ligar o aparelho e achar o amigo no hospital antes de entrar no lugar.
Vamos lá rapaz....preciso te encontrar, onde você está??? falou Jack em voz alta!
O sinalizador lembra um palmtop, um pequeno computador de mão usado na terra. Ele mostrava com um ponto vermelho a localização do objetivo de resgate de Jack. O sinalizador apontava o quarto andar do prédio exatamente na quinta janela do edifício. Sem perder tempo, Jack ganhava o estacionamento e guardava novamente o sinalizador na mochila.
Ao se deparar diante do grande prédio, não teve dúvidas, retirou uma pequena poção usada por um antigo chamã que em agradecimento por ser salvo por Jack lhe deu de presente. São mais ou menos quinze metros até a janela pensou, não iria precisar de uma dose muito grande, apenas entraria no quarto e desceria pelas escadas, levando o resgatado nos ombros. Jack retirou o facão de caça guardado na bainha que estava nas costas e procurou um lugar para apoiá-lo a fim de deixar a lâmina exposta. Era uma operação arriscada, no entanto a mais rápida e eficiente no momento.
Olhou para os lados e encontrou o lugar certo. Uma das dezenas de árvores que existiam próximas ao estacionamento podiam servir de apoio.
Pediu permissão aos guardiões daquele ser vivo, para utilizar as suas qualidades com o objetivo de ajudá-lo. Após o contato mental com os seres elementais protetores da natureza, um pequeno "ser' esverdeado se apresenta a Jack, faz um gesto de cordialidade e aponta o local onde o facão deve ser apoiado. Jack segue a orientação e encaixa o facão numa pequena fenda da árvore, um encaixe perfeito. Pensa ele.
Firme, ele ficou firme! pensou Jack. Ótimo!
Próxima etapa, Jack tratou de retirar o colete de proteção, a camisa e todos os artefatos que pudessem atrapalhar naquele momento. Respirou fundo e tomou apenas um pequeno gole da poção. Alguns segundos de serenidade se transformam em pesadelo quando as primeiras dores se manifestam. A mutação é rápida, dois grandes calombos, um , em cada omoplata de Jack começam a crescer, formando corcundas enormes em seu corpo, era como se dois seres vivos quisessem sair de dentro dele pelas costas. Sabendo que precisava rasgar a pele o mais rápido possível, se virou em direção ao facão fixado na árvore e direcionou o calombo na ferramenta.
Um urro de dor e um corte quase cirurgicó é feito.
A primeira já foi, falta a segunda, pensou quase sem fôlego.
Outro corte e outro grito. As fendas liberavam uma água parecida com a placenta num primeiro momento, aos poucos dois novos membros em Jack começavam a tomar forma, enquanto ele segurava entre os dentes a alucinante dor daquele momento. Em pouco minutos duas grandes asas estavam abertas, prontas para serem utilizadas. Jack olhou para as próprias mãos procurando algum sinal de tremedeira causada pela dor, percebendo que estava bem, rasgou a camisa em duas fendas a vestiu,colocou a munição ao redor do corpo, alçou o rifle na mão direita e escondeu a mochila entre as árvores. Mirou a altura da janela que precisava alcançar e alçou vôo.

sexta-feira, 14 de março de 2008

A batalha - capítulo 1

o céu era nublado, as mãos suavam, mas Jack não entendia como poderia ter aquele tipo de reação humana, já que não viva mais como um. A arma pesava além do normal e apesar da experiência de milhares de micro-eras na dimensão dois, aquele momento era especial. Os "Controladores Mentais'' estava se aproximando, eram grandes, ferozes e estavam fortemente armados. Um exército de criaturas quase indestrutíveis.

O batalhão que acompanhava Jack era valente,mas sem condições de fazer frente aquele embate. A derrota era uma eminência que Jack tentava expulsar do pensamento. O região de Avajés era estratégica, um lugar com esparsas montanhas, uma areia fina que parecia ser viva e entrava nas roupas e armas dos combatentes. A escolha daquele terreno era proposital, Avajés era cercada por grandes desfiladeiros que serviriam como ponto de fuga para uma retirada em nome da sobrevivência.

Jack podia ouvir os tanques chegando e o rosnado dos "Tutácos'', mistura de animais conhecidos na terra, como o rinoceronte e o pré-histórico mastodonte que foram reformulados genéticamente pelos Controladores Mentais. Eram armas de guerra, com couraças resistentes e uma vitalidade em campo de batalha incrível. Sabendo disso, Jack conferiu pela quarta vez a munição que carregava e aproveitou para revisar as cargas da arma, um grande rifle de explosão sônica, capaz perfurar centenas de blindagens de extrema resistência, algo dez mil vezes mais resistênte que o aço. Mas qualquer comparação seria uma leviandade, afinal a dimensão dois, era regida por ordenação mental e tudo que existia era criado graças a junção de moléculas e não pela construção ou montagem de materias feitos a partir delas. Era como se o universo pudesse entregar pequenas quantidades de argila e os habitantes dele, só precisariam dominar a técnica de criar os objetos desejados com ela. E Jack sabia fazer isso como ninguém.

Tutácos!!!!!! gritou o jovem tenente Emanuel, avisando aos outros, que o momento do embate estava próximo. Jack engatilhou mais uma vez o rifle e ajustou as duas miras, a visual, captada pela córnea e a energética que revelava as energias vitais emanadas pelo inimigo. Para sua sorte ou azar a primeira manada de Tutácos vinha em sua direção e ele esperava o momento certo de atirar. Instantes que pareciam eternos e clamavam pela grande pergunta, como isso tudo começou?

A revelação

Ian, tentava lutar contra a certeza que paira no coração de todo o humano. A de que um dia, aquela existência chegaria ao fim. Mesmo sendo jovem, trinta e três anos, o câncer havia se tornado uma metástase e o corpo convalecia com a doença. E nem todos os dons de cura que demonstrava possuir desde criança, serviriam para salvar a própria vida. Ironias do destino, provocadas por caminhos não compreensíveis num primeiro momento, mas que seriam lógicas durante o entendimento final.
As dores dos tubos que o ajudavam a respirar tornavam a angústia ainda maior. Mesmo sob coma induzido, Ian estava sensorialmente ligado a tudo que acontecia naquele quarto de hospital. Os olhos fechados eram apenas uma barreira corporal mas não extra-física!Afinal, ele conseguia enxergar tudo o que ocorria ao seu redor. Era capaz de ouvir até mesmo o que os funcionários no balcão de reposição de remédios no hospital falavam. Também podia ouvir a respiração deles, ou os passos apressados entre uma emergência e outra. No entanto percebeu a diferença num jeito específico de caminhar.
Alguém seguia a passos lentos e calmos. Ian sentia aumentar uma energia estranha, incômoda, conflituosa que invadia todo o segundo andar do hospital. A presença da estranha visita se tornava mais forte a cada centímetro que avançava. Ian sentia a presença do perigo a sua porta, não sabia porque estava sentindo esse desconforto, esse aviso interno, mas não podia fazer nada, estava refém de um corpo imóvel, inerte, quase sem vida. O desepero aumentava por que ele estava vivo! sim, estava muito vivo, podia perceber tudo no quarto, e quem sabe até sair dali,movimentar as pernas os braços, reagiar, gritar, lutar,qualquer coisa.
Desesperado,Ian começou a imaginar o seu corpo saindo da cama, as pernas se movimentando, os braços sentindo a pulsação tomando conta novamente de todos os nervos, as mãos se contraindo!
Pensou em erguer o pescoço e para sua surpresa e se viu inclinado, orgulhoso com a façanha conquistada, continou o mesmo esforço e conseguiu novamente. Estava agora, finalmente sentado na cama. Faltava ficar em pé, só precisavam de mais um movimento, refletia. Ian mentalizou a cena, estava caminhando até a porta e sairia dali para a liberdade de um mundo diferente. Ao abrir os olhos estava quase em frente a saída do quarto, sem qualquer esforço físico. Mas não teve tempo de fazer um movimento para longe dali, o visitante inoportuno estava do outro lado da parede.

A maçaneta da porta se moveu e Ian sentiu um longo arrepeio passear por aquele corpo tão diferente,tão sutil. O visitante inesperado, entrou no quarto escuro e da mesma forma que ian não necessitava de maiores esforço para se descolar, apenas deslizava pelo chão! Se aproximou rapidamente do corpo inerte de Ian e retirou uma grande seringa escondida no casaco preto. O rosto estava enconberto por uma máscara negra, assim como a cabeça que se esncodia dentro de um grande capuz.
A criatura observou atentamente, todos os móveis do quarto, uma pequena cadeira, a cama, a TV no alto as máquinas de respiração artificial, o soro. Segurou o soro com uma das mãos para injetar uma substância de cor esverdeada, forçou a agulha no invólucro de plástico e iniciou o plano de despejar aquele veneno nas veias do pobre rapaz. Ian camuflado pela escuridão e atrás da porta, testemunhava tudo horroziado. Enquanto injetava a criatura passava uma das mãos alguns centímetros acima do corpo inerte, e quando chegou perto do coração, ele parou o movimento, retirou a seringa do soro e como se procurasse algo, passou a olhar nervosamente para todos os lados do quarto. O visitante não satisfeito, aproximou o nariz na fronte do corpo de Ian e o cheirou, e percebeu desta vez com certeza de que algo não estava correto, ele se virou a fim de procurar o verdadeiro Ian.

O anúncio

O anúncio oficial, era esperado com ansiedade por todos. Não é à toa que uma multidão de trabalhadores estava lá. Desde os pequenos até os mais graúdos na hierarquia, todos estavam lá! Muitos eram disciplinados e chegaram no horário marcado.Outros se apressavam para conseguir um lugar em frente do palco. Os olhares eram de curiosidade, de atenção, de aflição! Um certeza porém, imperava no lugar, haveria uma mudança na direção do grupo e isso representaria o futuro de milhares de colaboradores.
Os minutos se passavam e a impaciência começava a ser um incômodo. Pensamentos flutuavam pelas cabeças dos participantes. O que seria daquela organização a partir de agora?alguém deixaria as atividades?ou melhor, alguém seria convidado a deixar as atividades? como seria o tratamento entre colegas e chefes dali pra frente? mais justo? mais equilibrado? A carga horária de trabalho iria aumentar?Não poderia, pensavam, afinal, alguns já faziam mais de doze, quinze horas por dia. Como poderia ficar pior? E as regalias da chefia?E aqueles pratos suculentos, variados, trazidos de diversos lugares continuariam fazendo parte da luxuosidade dos grandões?
Pequenos grupos murmuravam entre a multidão, o som já ecoava pelo salão principal.
Foi então que um pedido agudo e estridente de silêncio foi ordenado por um dos membros da direção. Um silêncio sepulcral invadiu o salão, o líder se dirigiu com um ar sereno até o grande palco no centro. Então ele olhou profundamente nos olhos de muitos que estavam na sua frente, sabia que a informação que daria, teria um impacto profundo na vida de seus companheiros. Eis que a verdade foi revelada, daquele dia em diante, o formigueiro nunca mais foi o mesmo.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Liberdade

Palavras tortas numa manhã cinzenta, foi assim que ele disse adeus ao velho mundo erguido com paredes de algodão. Tudo ao seu redor era inconsistente, sem sabor ou graça. Tinha emprego, mulheres e algumas regalias! Mas isso não era suficiente, era aterrador saber que o dia seria igual ao anterior.
O café da manhã, as conversas com os vizinhos o trabalho, a rotina, a noite conflitante e muitas vezes incoerente. Mas aquele dia era especial, ele sabia que nada seria como antes, vendeu o carro, os móveis, as roupas do seu armário, ficou apenas com as do corpo. Estava aflito com a nova vida que havia escolhido mas sabia que seria livre. Estaria longe de rótulos sociais do tipo, você conquistou isso ou aquilo! Os amigos não o veriam mais com a expectativa de saber o quanto ele venceu, na verdade não o veriam mais. Sim aquele era um dia especial, importante, talvez até divino!
Ele fechou a porta do apartamento alugado, jogou a chave fora, deixou um bilhete de adeus ao proprietário e deixou tudo para trás. Levou nos bolsos o dinheiro que restou com a venda dos únicos bens que restaram, entrou na clínica, deu um abraço no médico e agradeceu a santificada lobotomia.

Mais uma batalha

Aquele olhar era único, espremido, focado, atento. A batalha estava por vir e não bastava erguer o corpo, estufar o peito e desejar a luta. Não, isso não era suficiente, precisava encarar a verdade daquele confronto! Tinha a necessidade de ver o muro através dele e encontrar as armas certas para o inevitável. Não foi fácil entender que essa tarefa não permitia abandonos. Por isso, era importante esticar os músculos, enrijecer o pescoço e deixar os sentidos em estado de alerta. As mãos formigavam os braços eram fortes e a mente dizia que ele estava quase pronto. A língua lutava entre os dentes numa aflição quase incontrolável. Mas era fundamental naquele momento abrandar os nervos. Mostrando controle de corpo e mente, ele se levantou da cama, e foi trabalhar.

terça-feira, 4 de março de 2008

Pensar num ponto positivo

O sentimento de perigo, lembra um farol vermelho que teima em não acender! A gente sabe que ele vai acender, mas demora! Pensar no caos parece um jeito pessimista de enxergar a vida. No entanto, dizem os mais sábios:"o sonho só termina quando a realidade chega e estraga o próximo plano"
Talvez os novos "gurus" do poder da atração, digam, não pense nisso, pense somente na quantidade de cheques que você vai receber em casa, seja feliz, esteja sempre bem! Uau!! que vontade de chorar de emoção que dá!
No entanto, esquecemos da natureza humana, afinal somos psicologicamente inconstantes, por vezes irracionais e conseguimos pelo menos em algum momento da vida ou em vários momentos,ter pensamentos maus! conseguimos poluir, invejar,sentir cíumes e outras tantas barbaridades. Simplesmente por que somos caóticos. O desequilíbrio emocional ronda a todos, fica à espreita de qualquer maquiagem de serenidade,catando filamentos de desesperança como um gari num lixão. É isso! os sentimentos negativos ficam acumulados em nosso lixão interno, e poucas vezes conseguimos alguém que nos ajude a limpá-lo.
Então quando vieres me falar do poder da atração me diga, quantas vezes os novos gurus tiverem oscilação de sentimentos durante o dia???Não vale os adeptos de antidepressivos. Quantas vezes no trânsito, não esbravejaram diante da realidade da vida???Quantas vezes não desejaram amaldiçoar o garçom mau educado?? Quantas vezes não invejaram o outro?? A formação de uma sociedade de necessidades não é desmantelada com pensamentos empíricos. Ela precisa ser reformada a partir do desenvolvimento de um pensamento altruísta. E como isso não existe, o resto é sessão da tarde.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Manual do Guerreiro

Bigode tomava a centésima lata de cerveja, quando decidiu revelar a essência masculina: "Somos feitos de verdades transparentes", todos na mesa do churrasco, ficaram perplexos, tamanha a genialidade escarrada por ele. Escarrada por que bigode tinha problemas até para digitar a senha do caixa eletrônico. Sim bigode não era um homem inteligente, muito pelo contrário, tinha problemas até para lidar com palavras-cruzadas. Ele era um homem ignorante, ele mesmo dizia, sou INHORANTE. Mas não, não aquele dia, naquele momento ele estava brilhante! Eis que um dos amigos teve a coragem de pedir explicações sobre o conteúdo de tal frase. Bigode não se fazendo de rogado, levantou do banco de madeira, foi até o pequeno quadro negro usado para marcar todos os encontros do grupo de amigos (os Pussy Hunters) e começou a psicografar o
Manual do Guerreiro:

Verdade transparente
Somos feitos de pequenas encenações e grandes espetáculos quando desejamos uma mulher!
Verdade etílica
Mulheres e bebida servem para divertimento, prazer,encantamento, mas quando acaba o entusiasmo vem a dor de cabeça
Verdade absoluta
Toda mulher, tem,teve, ou vai ter alguém que a coma. Seja essa pessoa!
Verdade e variáveis
Duas mulheres na cama é festa! Duas mulheres na paixão é aventura, duas mulheres no amor, dá merda!
Verdade na caçada
Nunca tenha receio de abordar e iniciar um conversa com uma mulher! Não importa o lugar, casamento, padaria, velório, festa em boate, bar, banheiro público ou rua. Dar certo depende da quantidade que você a faz rir.
Verdade na caçada 2
Seja sempre desprentensioso, nunca mostre o que realmente quer! Apenas ataque quando ela abrir a guarda!
Verdade financeira
Tenha um mapa dos lugares mais baratos e mais caros da cidade em que mora, incluindo motéis, restaurantes, hotéis e qualquer lugar que você um dia tenha que ir. Restaurantes caros, mulheres caras, restaurantes ruins... bom, esqueçam.
Verdade de encontros
Não poupe no primeiro encontro, melhor restaurante, melhor bebida ou comida. Mas poupe muito no segundo encontro e procure não gastar no terceiro e sempre pense no "quarto".
Verdade no sexo
Necessidade básica no primeiro encontro. Se valer a pena espere até o segundo encontro. Se não acontecer, desista! Nesse momento já é tarde por que ela se envolveu e vai voltar! Se não voltar, você fez mau feito!Se rolar na primeira saída e valer a pena,volte no dia seguinte e não tenha pudor de levar flores. Mas não compre as mais caras.... essas podem significar mais dor de cabeça lá na frente. Ou seja, acostumou mal uma vez, vai ser assim em todos os encontros.
Verdade do macho - a mais polêmica
Sabe o dia do churrasco ou do futebol com a galera? Só um motivo pode ser capaz de dar o bolo na turma. Mulher! Entre um jogo de futebol e um corpinho na cama? Pense bem ao responder isso.
Verdade do caçador
Um dia você pode ser caçado!

Ao terminar de escrever, bigode começou a cambalear e desmaiou ao lado das caixas de cerveja! Todos ficaram apavorados! Primeiro, por que acharam que ele quebraria todas as garrafas de cerveja e segundo por que ficaram preocupados com o genial amigo. Bigode foi pego pelos braços, inconsciente, e colocado com todo o cuidado pelos amigos num sofá. Todos estavam emocionados com o Manual do Guerreiro. Alguns escondiam as lágrimas, diante de tais palavras, outros batiam palmas. Bigode mal sabia o quanto aquela revelação mudaria sua vida. Depois daquele dia ele decidiu, nunca teria filhos!