quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Em ti

Prisão de areia, vento venenoso que trai a sorte lambendo os lábios da imensidão.
Perdido nesse deserto de dunas cervicais, contenho a promessa de lealdade.
Te sinto, te vejo. Da boca molhada vem a água que salva, dos olhos a claridade ilusória.
Grito ao léu, sei que me ouves, estou em ti, sou para ti.
Não vês meus olhos, por que estou atrás dos teus. Mastigo a esperança de um encontro pois já estou presente.
Sou tua derme, me sinto sim um verme que clama pelo teu reflexo.Te conheço por dentro, mas é o lado de fora que me faz senil!

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