domingo, 21 de setembro de 2008

Nossos e teus

Corações de bonecas esquecidas pela vaidade são brinquedos, em minhas mãos dominadores. Os joguei para o alto e os condenei a minha prisão de desejos. Os olhos ficam inchados, a boca trêmula e as lágrimas se confudem com o suor do lamento ao me ver indo embora.
Pobres corações que dançavam em minha frente como súplicas de atenção.
Eu, era o mestre, o dono , o senhor dos pequeninos.
Resolvi cultivá-los e plantei vários ao lado de minha cama.
Mas não fui atento e os deixei endurecer... com o tempo foram petrificando.
E por fim quebraram!
Nasceram novamente tempo depois, mas não eram a mim que queriam a atenção.
Descobri que um dia, me tornaria um deles.

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