quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Catarsis

Sonhei com as lágrimas que não encontravam sentido em rolar.
Mas elas disseram: "Poderia existir, claro que poderia"!
Então, criei estradas com pétalas para amaciar um futuro andar.
Mas não obtive repostas...não precisavas de mim..já tinhas o teu mundo!
Criei montanhas de areia para tapar sol, não queria atrapalhar o teu sono.
Mas não obtive respostas...não precisavas de mim ..já tinhas o teu mundo!
Entendi que deveria continuar sentindo, condenado pela injusta saudade que fazia casa dentro de mim!
Não sabia por que sentia a tua falta.
Afinal foi sempre de longe que te quis.
Mesmo que esteja distante, vou continuar a ser teu devoto!
Afinal as paredes que nos separam são invisíveis, mas todos ao nosso redor sentem nossa presença. Por que devo te esquecer?
O vento foi se tornando brisa, enfrequecendo e nunca mais soprou forte... era a última confissão de amor dele pelo...
mar.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Onde está o beijo?

Cravos e percevejos não se misturam, nem combinam, mas estão aqui. Amêndoa seca e tâmaras rosas são primas distantes que romperam com o palato. A língua nega, mas lambe, mesmo sendo azedo, a atenção vem lá de baixo, não importa, até o azedo fica aprazível. O olho espreita o acaso do dente que rasga com carinho, mas rasga. A língua não é esquecida e o palato reinvindica audiência com a razão.. a razão?? onde está??rindo da cabeça vazia, por que lembra do corpo desnudo, que chama a atenção lá de cima. E o azedo fica aprazível e como fica!

Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início...

Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início... Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início. Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início.
Ora bolas, olho para cima!Fico eu em cima do mundo que serve de calço para meus livros. Neles, guardo letras que dançam em minha cabeça quando tento uni-las. As vezes as vejo saltitantes tentando dar significados! Mas nem elas sabem dizer a verdade.
Não conseguem! Afinal são apenas peças. Mas não tiro o entusiasmo dessas tão dedicadas pequeninas. Elas servem as mentes de toda a natureza... não importa se mentes ou falas a verdade, elas se submetem. Noto que não existe solução, elas vão sempre estar à disposição de todos, descrevendo o tudo,até mesmo o vazio que tenta encontrar espaço entre elas. Pego o meu mundo, escoro ao lado da cama, deito e reflito... é melhor voltar a ser como tudo era antes:
Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início... Olho à esquerda e tento encontrar a minha direita que escapou logo ali na frente. Nas costas ficou o início.

No canto direito da tua porta ganhei...

...Um beijo amargo, diante de um ceú sem estrelas recebi um aceno de adeus. Adeus e ati é dedicada a saliva escarrada em protesto. Protesto contra a existência muda de uma raça que não enxerga o próprio reflexo na imagem grotesca da irracionalidade. Mesma raça essa, que aniquila olhos e corações amigos, vizinhos ou até aqueles seres que são irmanados pelo mesmo sangue.
Raça essa, que não acusa as falhas das palavras enlameadas de inverdades. Santo cinismo, graciosa demagogia que enternece a alma ingênua na crendice da coerência. Mas vamos a verdade, a coerência morreu, morreu afogada em cachaça adulterada no mesmo puteiro que convaleceu em vômitos a esperança. Viva, ficou a desconfiança que abraçada na raiva deitou na cama acompanhada da inveja. Foi uma orgia daquelas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Olhos de vidros rachados

Nariz de palhaço, língua de serpente e está feito o casal-drama! Ele, inocente não enxerga as palavras molhadas em sua frente, é seco sem malícia, pobre palhaço! Ela brinca com os corpos dos outros, lambendo ralas ilusões. Mas está vazia por dentro e barrou a entrada de um futuro com vida. A sua espécie terminava por ali, e sabia que logo contaria os ponteiros do relógio de olhos fechados, a mente contaria os segundos da finitude. Seria a benção tão esperada.
Não muito longe dali, alguém dançava em cinzas de bonecas suicidas! A desilusão de mãos dadas com a desesperança executava passos grotescos, como se conseguisse sorrir com o pés. Sorria das lágrimas que inundavam a calçada mal iluminada. Distantes, mas não menos observadores, coiotes rangiam os dentes na certeza de que algum resto estaria servido para o jantar. Restos de alegrias falsas, restos de mentiras que surtiram o efeito no propósito esperado, restos de universos que cabiam numa janela de botão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Chocolate na bagagem

Lágrimas de chocolate seriam menos sofríveis, mas é preciso antes escalar o rosto, olhar os poros dilatados e amá-los assim mesmo. E depois dar uma bela lambida! O gosto doce da boca não pode ser esquecido. Claro que não... Assim afasta a ausência de um suspiro....É nessas horas que morder os dedos da solidão faz bem para trazer a tranquilidade da santa-autosuficiência. É asim que acontece, pedaços de vidros pelo chão e mais uma garrafa de vinho barato, que serviu o propósito de ser o combustível para uma viagem além terra. Sim, vamos viajar pela Via Láctea.... mas não esqueçamos do chocolate na bagagem...

Santa incoerência

Sim, achei o quebra cabeças, estava em cima do armário...escondido!Mas estava lá e junto estavam meus poemas, só que não consegui pegá-los.
É que eles fluturam rápido demais... Isso acontece com frequência,sabia?
Meus poemas flutuam...
É Que eles se acham muito inconsistentes, por isso flutuam!Coitados, tão inseguros!
Mas dia desses confessei para o meu abajur: quero amarrar os meus poemas, serão balões que vão levar minhas palavras com maior rapidez para o alto.
Não, não pense que eu desejo ser absolvido das minhas falhas mundadas e humanas, não, não pensaria em tal falta de personalidade... é que no meio dos poemas vou enviar deboches... Afinal sou eu que estou aqui na terra, olhando para cima e vendo o que eles usam embaixo de suas vestes.

tututututu

Eu disse que queria te ver!
Disse sim!
Por que você sempre tenta distorcer tudo o que eu falo?
Eu egoísta?
E você?? muito altruísta que é...
O quê???
Infantil???
Ora vá....
Vá você...

tutututututututututut....




AlÔ??? desculpa...