quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Veja os cântaros



Cântaros guardam meus sonhos.

Celestial moradia que protege meu futuro.

Cântaros guardam meus medos.

Inigualável proteção que não deixa me ferir.

Evito um encontro do claro, com o escuro.

Encolho minhas ações e escondo minhas emoções.

Olho para o nada, minhas vestes estão por dentro.

Minhas intenções estão à mostra.

A nudez ilude a verdade, que os cântaros revelam.

O que existe lá dentro é o que importa.

Ouça e não pergunte



Notas musicais ficam presas à parede.

Tentam se mexer na vibração dos dedos, que acionam o som!

Mas são parte dissonante dessa ação, de um só dono.

Ouro contrastante à realidade humana.


O sombrio da alma só aparece na verdade que reluz.

As notas são assim, verdadeiras.

Só surjem quando chamadas.

Caso contrário, ficam presas à parede.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sôfrega mania de viver




Calcanhares, expliquem o motivo dos caminhos traçados?




São ruelas infinitas que se apresentam num labirinto de olhos hipnóticos.



Escolhas que encolhem o futuro, ou esticam a vitória, não sejam mesquinhas.



É hora de se despir!



De abrir as camisas com voluptuosas ofertas.



Joguem para longe a sofreguidão.



O lento mastigar dos planos é a escada que leva até tuas coxas.



A visão está mais adiante










Pingos de idéias luminosas tentam clarear a mente cercada pelo breu.



Um olhar, apenas um olhar, indica uma tentativa de esperança.



Mas não deixe que o recalque, tire a graça de nefastas promessas.



Apenas olhe por dentro, antes que a cabeça tente adivinhar o que existe do lado de fora.




Estão em algum lugar







Os pensamentos estão apenas brincando de esconde e esconde, pelas vielas do tempo.



São cidades do descanso, que abrigam almas inquietas.



As ruas sinalizam suas dúvidas.



São ponteiros tortos de relógios, que apontam para si.



Homens de cristal



Aldeiões regurgitem!


Aplaudam o terror que a inteligência produz.


Brinquem com o suor na testa dos preocupados.


E na distante terra árida que se veste de paletó, delatem os donos das bocas


sedentas por elogios.


Sim meus amigos, lavem o sorriso destes déspotas, eles não merecem o brilho de suas dentaduras.


Aldeiões regurgitem!


Percebe?



O recôncavo do intelecto de uma rua, é a existência!


Cria-se nela uma cavidade de dúvidas.


Na rua não existem motivos.


Não nascem sorrisos.


Nem surjem beijos amorosos.


Mas o limiar do "incrível", está exatamente em não ser e sim existir.


A rua não é mas ajuda a ser.