sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sem querer

Nas tormentas de tuas lágrimas nadei contra uma maré de incertezas.
Ancorei minha confiança em nossos beijos de saudades.
Fiz morada, fui criado, fui moldado simplesmente para ser teu.
Teu ornamento, teu sentimento concreto de uma alma que sem nome.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Benzafé ( Boca a boca )

Minha noite fica iluminada.

Tua risada captura todos os meus desejos.

Mas teus olhos fingem não me ver.

Faço força, canto alto, mas fico oculto.

Ando na praia, pés descalços, caminho sobre a água pra
chamar tua atenção.

Mas sou apenas um vulto, escondido na multidão.


Refrão

Olha o espelho e descobre o meu reflexo.
Te quero tanto que já estou dentro ti.
Vem fazer parte da minha vida e dar um nexo
Para essa paixão realmente exitir.

Mudei minha forma, até minha voz ganhou outro tom

Desenhei o teu rosto no meu peito e descobri que tenho dom

Não consigo te esquecer cada vez que tiro a roupa.

Minha pele tá gravada,tá marcada, que coisa louca.

Me enxerga, que te venero quero a tua boca.

Refrão

Olha o espelho e descobre o meu reflexo.
Te quero tanto que já estou dentro ti.
Vem fazer parte da minha e dar um nexo
Para essa paixão realmente exitir.


Vem me dar prazer, vem me conhecer

Não desiste dessa forma querer.

Toda noite até o dia amanhacer.

Boca a boca respirando a paixão.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aos descendentes que honro, agora ascendo a ti

Beijar com pressa de sentir o gosto???
Quase um leve desespero de saudades???
Como se precisasse engolir, ter o outro junto, dentro, tudo junto, misturado,sim,
tudo junto misturado.... suor, saliva, gosto, boca dentes... tudo ficou esfumaçado.
Fusão de coisa boa, cósmica, estelar
Total...universo aberto em dois!
Arrepio!
Uma avalanche deles que escorre pelas costas,
fazendo tremer a parte de baixo... que umedece quando a de cima perde a razão.
Calor, frio, desejo, medo, necessidade, vontade
Fome, ânsia, querer, ser, ter, simbiose carnal
Sentir, viver, cheirar, amar, sofrer, amar de novo
E de novo, e de novo...
Sim, e o corpo pede, os pelos...ah, os pelos se grudam,
Intensidade e desejo se misturam.
Os dedos bailam sobre os corpos, buscando mais
e encontrando mais,
e mais e mais...
O cheiro entumece as narinas.... sufocando, chapando...delirando
e ainda querendo mais, sem descanso
O desespero, os gritos, o medo de se degrudarem....
não podem se desgrudar
não.
Não podem!
Estão colados, amarrados, o amálgama do desejo,
não querem, não conseguem.
Mas o céu clama por eles, e os corpos espumam por dentro.
Está na hora de suas almas acarinharecem a barriga dos deuses.
Energia, vida, luz
e logo vem o sorriso de ironia....
O olhar belicoso, e a trama de seqüências de movimentos que devem ser repetidos,
todos guardados na mente, que não descansa nunca, não pode.
Vamos aos céus, entrelaçamos as mãos, fazei tremer o mundo dentro de nós,
me olha, e confidencia ao meu mundo que ele está dentro do teu!
Ele já treme, o terremoto chegou devagarinho e se instalou.
O olhar diz tudo,com a sinceridade natural do peito aberto
Então deixa fazer homenagens às tuas curvas e aos tombos afoitos para dentro de ti....
Toco fundo
Muito fundo..

Foi assim, simples assim

Olhe o sorriso, d'alma que encolhe a inveja para não ser delatada pela pupila, mesmo que seja, no mais remoto piscar de olhos.
E na frente do muro teu peito afugenta o medo de um tiro certeiro. O carrasco sabe que és o eleito para o amor....Ó pobre amor desajeitado, que obrigas a fazer lambanças, de um jeito de criança, somente para te conquistar.
Será que és sincera? Afinal, tão severa é a escarnia dos cânticos silenciosos, que quebram espelhos já trincados pela lágrima derramada.
Lágrima essa, tão afiada quanto o diamante que corta o vidro e deixa marcas.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Anomalias

Lágrimas descem pelas maçãs do rosto escrevendo na pele um tratado da dor.
Os olhos giram, as mãos catam gestos de carinho num chão lamacento de mentiras.
Tateando beijos, esmolando devoção, comprando desejos e lapidando corpos que podem apontar um caminho de alento, rasgo a alma purulenta de vida terrena.
Purgando pecados, escarrando vingança, segues a tormenta doidivanas de tijolos em labaredas que caem sobre as cabeças decepadas de alfinetes!
Abre o teu peito em chamas e mostra o vulcão de anomalias que incineram teus sentimentos! Queime a mentira, delate e leviandade, e rompa o teu caso com o eterno . O hoje é o original.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Olhe bem...

Sal, água morna, sangue quente e a janela que fica entreaberta para deixar a brisa úmida passar.
As palavras se esfumaçam com a chaleira.
A sombra se estica diante dos passos que arrastam a culpa pelo chão de madeira.
O marmelo que adocicava a boca lambida, ficou azedo.
Não existe perdão,e sim destinos mal desenhados pela mão trêmula da incerteza.

As vozes

Em uníssono devaneio, deixamos teus desejos pelo chão de vidro.
Um dia, ele quebrará!
Somos mil vozes de um coral de sussuros e gemidos.
Somos assim, gigantes que tem medo de crescer.
Bonecos de carne com pés úmidos, sexo quente
e pupilas esbranquiçadas pelo esquecimento.
Meus amigos carrapatos é que matam a sede em minha derme.
São eles que me avisam do frio que se aproxima.
São eles também que mastigam meus músculos ao menor sinal de atos medíocres.
Ó santos, que ganham a gratuidade do perdão por atitudes altruístas.
Sairam na frente. Assim se faz o molde da personalidade.