segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As vozes

Em uníssono devaneio, deixamos teus desejos pelo chão de vidro.
Um dia, ele quebrará!
Somos mil vozes de um coral de sussuros e gemidos.
Somos assim, gigantes que tem medo de crescer.
Bonecos de carne com pés úmidos, sexo quente
e pupilas esbranquiçadas pelo esquecimento.
Meus amigos carrapatos é que matam a sede em minha derme.
São eles que me avisam do frio que se aproxima.
São eles também que mastigam meus músculos ao menor sinal de atos medíocres.
Ó santos, que ganham a gratuidade do perdão por atitudes altruístas.
Sairam na frente. Assim se faz o molde da personalidade.

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