terça-feira, 19 de maio de 2009

Ele, está lá!

Um Arquelim se afugentou depois de brigar com gigantes. Nem o topo o salvou do tapa, que arrancou uma lágrima. Ele não queria provocar, desejava apenas ser admirado, mas foi mastigado pela ignorância. Porém o "alto" não é suficiente, afinal, o sentimento oco dos malfeitores, os tornam levitantes além de grandes. O tapa iminente, revela a beleza da tristeza. É quase uma síndrome do espelho invertida, entendeu?
Então, apenas se atenha a admirar o Arlequim afugentado.

Teu ser,tenho ele em ti


Casa da serenidade guardião da esperança, mantenha meus sonhos inertes, acalma meu corpo, enquanto promovo teu anseio. Sou teu inquilino mais desejado nessa morada de carinho. Crie meu mundo futuro, construa meus pilares e desenhe o meu ser. Sou teu fruto, não só semente, sou parte constante no teu pensamento, sou tua vida em forma de duas.

Longe, assim espero



Olhar parado, alma congelada. Tesci um véu de desconfiança, para me proteger do teu toque. Deixe de estar perto, deixa-me estar constantemente ausente. Faça desse instante vazio, o preenchimento de nossas vontades. Sim, somos cúmplices do mesmo espaço que a muito desejamos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pegadas invertidas


Cansei de deixar pegadas de um caminho incerto.
Elas são desonestas, realmente são.
E quando devem seguir o caminho reto que leva pra cima, em direção ao peito, nos traem e seguem trajeto oposto, em direção ao meio do corpo, das pernas.
E não é somente abaixo do umbigo que existe a explosão.
É no topo que inicia a perdição, a falta de fôlego e a boca molhada.
É na cabeça inebriada por cheiros, que dão calafrios na barriga, que está a torneira aberta do prazer.

Sim, o prazer que escancara o escafandro do cerébro e o deixa se afogar em delírios.
Por isso, cansei de deixar pegadas de um caminho incerto.