quarta-feira, 20 de agosto de 2008

No canto direito da tua porta ganhei...

...Um beijo amargo, diante de um ceú sem estrelas recebi um aceno de adeus. Adeus e ati é dedicada a saliva escarrada em protesto. Protesto contra a existência muda de uma raça que não enxerga o próprio reflexo na imagem grotesca da irracionalidade. Mesma raça essa, que aniquila olhos e corações amigos, vizinhos ou até aqueles seres que são irmanados pelo mesmo sangue.
Raça essa, que não acusa as falhas das palavras enlameadas de inverdades. Santo cinismo, graciosa demagogia que enternece a alma ingênua na crendice da coerência. Mas vamos a verdade, a coerência morreu, morreu afogada em cachaça adulterada no mesmo puteiro que convaleceu em vômitos a esperança. Viva, ficou a desconfiança que abraçada na raiva deitou na cama acompanhada da inveja. Foi uma orgia daquelas.

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