quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ao orgulho

Corpo desnudo exposto. O tronco ganha tatuagem com os dentes da verdade. A brincadeira acabou e os alicates foram recolhidos. A tortura abria sorrisos em rostos desesperados. Os olhos entreabertos, sorriam maliciosamente, a saliva criava correntes naquela boca qualquer. Os documentos estavam expostos e as justificativas também. Anacronismo de um dia de arranhões numa mesa repleta de ilações. O réu manteve a coluna ereta, se disse inocente, mesmo diante das provas, sim, se disse inocente. E a tortura? o condenou? que nada, todos gostam de ver sorrisos.

2 comentários:

Renata Braga disse...

Nossa ... realmente forte... da para imaginar muita coisa...

Realmente, vejo uma certa semelhança em nossa maneira de escrever...

Ja falei que vou voltar né... só não demore muito a postar novamente...

Beijossssss

Lisa disse...

É impossivel ñ vir aqui!!!!Muito bom!!!