sábado, 1 de novembro de 2008

Tenho que confessar é para ti

Nossas mãos, um dia ficaram úmidas e quem sabe até sozinhas.
Fizeram parte de um todo, que nunca preencheu o pequeno espaço entre um travessseiro e outro. Talvez as risadas, ou goles de vinho, sirvam para sujar o lençol tão limpo e branco, que teima em esconder o vermelho de nossa intenções.
Anseios, desejos, palavras óbvias ditas em códigos de cumplicidade.
É assim que se rouba um sentimento, se escraviza a razão, ou que se pinta um quadro de tentações.
É na verdade do beijo, que se mata a mentira do medo!
Medo esse, que aprisiona, que cria algemas, feridas, dores, e faz o meu ser, que existe dentro do teu, expurgar o desejo de "nós".
Somos assim, cântaros de água envenenada, pela ânsia de dizer uma verdade que não encontra tom, nem som nas bocas que precisamos.

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