segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quem diria!

A hortelã massageia o palato e o aroma do chá acalma os corvos que ficam à espreita da janela sem vidros.
É que o reflexo atormenta os viajantes que esquecem o próprio nome, quem dirá a face.
Mas os corvos, falava dos corvos, de bicos afiados e tenacidade de rapina.
São isso, não são?são de natureza torpe, já dizia a menina de pernas longas que trazia o bule.
A água quente, o vapor, e o vento que faz canção pelos corredores, torna o espaço da sala planetário, repleto de histórias visuais.
Era o momento de sentir a hortelã e deixar o sabor voltar, no expirar dos pulmões.
A menina jogava pedaços de pães aos corvos, mas esses miravam as ponta de dedos ingênuos.
A porta de abre, e um viajante se aproxima.
Ele traz boas novas, customizadas em pequenas orações.
O início é o pai, o princípio é vós e o fim, é do tempo.

Nenhum comentário: