
Cansei de deixar pegadas de um caminho incerto.
Elas são desonestas, realmente são.
E quando devem seguir o caminho reto que leva pra cima, em direção ao peito, nos traem e seguem trajeto oposto, em direção ao meio do corpo, das pernas.
E não é somente abaixo do umbigo que existe a explosão.
É no topo que inicia a perdição, a falta de fôlego e a boca molhada.
É na cabeça inebriada por cheiros, que dão calafrios na barriga, que está a torneira aberta do prazer.
Sim, o prazer que escancara o escafandro do cerébro e o deixa se afogar em delírios.
Por isso, cansei de deixar pegadas de um caminho incerto.